Oie, gente!
Égua! Hoje venho falar sobre uma viagem incrível que fizemos pelo Pará, região Norte do nosso país. Que lugar surpreendente e cheio de personalidade! O Pará é porta de entrada para a Amazônia e quase toda a sua área se encontra na Floresta Amazônica. Essa foi uma das viagens mais especiais e diferentes de tudo que já vivi. Conhecemos outro tipo de Brasil. Amei tanto que já desejo voltar. Como nosso país é incrível e completo. O Pará reúne cenários únicos e uma culinária espetacular. O verdadeiro açaí, taperebá, bacuri, muruci, uxi, maniçoba, tacacá, tucupi, filhote, tambaqui, tucunaré, pirarucu, surubim, praias fluviais, igarapés, igapós, trilhas pela Floresta Amazônica, botos e um povo receptivo te esperam nesse estado cheio de encantos e que me surpreendeu muito!
Sobre Belém do Pará
No Pará eu descobri o verdadeiro sabor do açaí. Na verdade descobri que no Sudeste a gente nunca provou o açaí de verdade. Me apaixonei pelos peixes e sucos de frutas da Amazônia. Fiz uma trilha de 10 km pela Floresta Amazônica, me banhei em um igarapé de água cristalina e conheci o rio que mais parece o mar. Aliás, você sabia que "Pará" vem de "pa'ra" e significa rio-mar em tupi-guarani? Também vi o encontro das águas barrentas do Amazonas com as águas azuladas e cristalinas do Tapajós, conheci a Ilha do Combu e o melhor brigadeiro da vida! Conheci o feijão que é preparado como arroz, o feijão de Santarém. Vi o peixe que é maior que eu e um dos maiores do mundo, o pirarucu. Também vi o menor camarão do mundo, o aviú, com menos de 2 cm de comprimento, além de muitos botos em seu habitat e muitas plantas felizes com a altíssima umidade da região. E sim, é verdade que chove frequentemente por lá. Tive a oportunidade de assistir a apresentação da Amazônia Jazz Band no Festival Tapa Jazz e também vi apresentações de carimbó. Voltei para casa impressionada com a riqueza dessa região e já estou despombalecida com saudade de tudo isso. Tu é pai d'égua, Pará!
É importante saber
- A primeira coisa que você precisa saber para planejar a sua viagem para o Pará é que a única estação que existe por lá é o CALOR! Haha. Brincadeiras à parte, são apenas duas estações: "verão amazônico" e "inverno amazônico". O que muda é a quantidade de chuvas em cada estação. O verão amazônico é a época de seca, enquanto o inverno amazônico é a época de cheia. O melhor período para quem quer curtir as praias fluviais é viajar entre junho e dezembro, quando acontece a vazante do Amazonas;
- Em outubro tem o Círio de Nazaré, evento religioso que atrai mais de 2 milhões de visitantes. É a maior procissão católica do Brasil, ou seja, a cidade fica lotada. Se o evento não é de seu interesse evite esse período;
- Vá de uber! Tem transporte público, mas o uber é prático e barato. Essa foi praticamente a primeira viagem que fizemos sem alugar carro, pois não havia necessidade;
- Nós ficamos hospedados no bairro Batista Campos e gostamos muito da localização;
- Muitas atrações costumam fechar para manutenção nas segundas-feiras. Fique atento.
Belém: como chegar
A porta de entrada é pelo Aeroporto Internacional de Belém Val-De-Cans (BEL). Há voos direto a partir de Brasília (BSB), SP (GRU), RJ (GIG), BH (CNF), Manaus (MAO) e Fortaleza (FOR), mas de Vitória para Belém é preciso fazer escala. Na ida nós fizemos escala em SP e na volta em BH. A passagem saindo de Vitória custa entre ~R$ 1000,00 - 1500,00 ida e volta por pessoa. Claro que esse valor pode ser menor ou maior. Pesquise sempre para encontrar os menores preços. Partindo de outros destinos como RJ, SP, BH ou BSB costuma ser mais barato. Nós fomos pela Latam e compramos as passagens por pontos.
O que fazem em Belém
- Mercado Ver-O-Peso: esse é o maior mercado a céu aberto da América Latina. Aqui é onde todas as tradições se encontram. Onde cheiros, cores e sabores se misturam. O Ver-O-Peso é vida real. Você vai poder experimentar o autêntico açaí paraense processado na hora, vai ver os locais comendo o tradicional peixe com açaí, vai conhecer a diversidade de frutas e peixes da Amazônia, vai ter a oportunidade de degustar a castanha do Pará fresquinha, recém tirada do ouriço, vai se encantar pela cerâmica marajoara, vai se deparar com a cachaça de jambu, com inúmeros temperos, ervas, enfim, é uma parada obrigatória para vivenciar essa região tão rica do nosso país.
Um suquinho para hidratar e ajudar a refrescar enquanto passeamos pelo Mercado Ver-O-Peso. |
Lindas peças em cerâmica no Mercado Ver-O-Peso. |
Atenção:
- Quando cheguei no Ver-O-Peso fiquei um pouco chocada, pois é bem sujo, fedorento e cheio de urubus. Completamente diferente da Estação das Docas, que está a poucos minutos de distância. Li vários relatos de pessoas destacando a mesma coisa. O mercado é cartão postal de Belém e parada obrigatória na cidade. Merece um pouquinho mais de cuidado.
- Seja cuidadoso com seus pertences, principalmente no Ver-O-Peso. Existe policiamento, mas é sempre bom ficar atento, né?
- Estação das Docas: localizada ao lado do Ver-O-Peso, a Estação das Docas é um dos cartões postais mais visitados do Pará. Foi inaugurada em maio de 2000 como um complexo turístico e cultural que reflete a região amazônica. O espaço contempla gastronomia, moda, cultura e eventos em seus 500 metros de orla fluvial. São 3 armazéns: Boulevard das Artes, Boulevard da Gastronomia e Boulevard das Feiras e Exposições. Esse foi um dos meus lugares preferidos em Belém. Primeiro porque tem ar condicionado para fugir do calor intenso que faz por lá haha. Segundo porque foi uma das melhores experiências gastronômicas que tive durante a viagem. Terceiro porque tem um quiosque da Cairu e a gente se deliciava com os sorvetes de sabores típicos enquanto caminhava pela orla admirando o rio Guamá, na baía de Guajará. O local é lindo e também um ótimo lugar para ver o pôr do sol.
Funcionamento da Estação das Docas: segunda e terça das 10h às 00h; quarta das 10h à 01h; quinta-sábado das 10h às 02h e domingo das 09h às 00h.
- Amazon Beer: essa dica é para quem gosta de degustar variados tipos de cerveja. A Amazon Beer está localizada nas Docas e faz o maior sucesso com suas cervejas artesanais feitas com ingredientes da Amazônia. Fica a dica!
- Passeio de Barco nas Docas: existem algumas opções de roteiros partindo da Estação das Docas. Um dos mais procurados é o passeio para assistir ao pôr do sol.
- Orla ao Entardecer: com partidas às 17h30 e duração de 1h30, custa R$ 50,00 para adultos e R$ 30,00 para crianças de 4 a 12 anos. O passeio acontece de terça a domingo. Toda quarta-feira o valor é reduzido para R$ 30,00. Durante o passeio tem apresentações de carimbó.
- Mangal das Garças: lugar lindo que vale super a pena conhecer. O Parque Naturalístico Mangal das Garças é um pedacinho da Floresta Amazônica em Belém. Criado em 2005, se tornou um dos locais mais visitados da cidade. A entrada é gratuita, mas as quatro atrações monitoradas são pagas à parte: Borboletário José Márcio Ayres, Viveiro das Aningas, Farol de Belém e Memorial Amazônico da Amazônia, que é o museu. Cada entrada custa R$ 5,00 e o passaporte com direito às quatro atrações custa R$ 15,00.
OBS: Confira o post completo sobre o Mangal das Garças clicando aqui.
- Parque Zoobotânico - Museu Paraense Emílio Goeldi: o Parque funciona como um centro de pesquisa reconhecido internacionalmente, devido aos estudos sobre a natureza da Amazônia. É um museu natural riquíssimo onde é possível encontrar uma pequena amostra da biodiversidade amazônica: são ~2000 plantas e 600 animais, como onças, macacos, araras, papagaios, jacarés, lontras, tartarugas, entre outros. Há também um lago com espécies de vitórias-régias.
OBS: em 2021 o Parque estava fechado por conta da pandemia. Segundo as informações do próprio site, as atividades irão retornar a partir de 14 de dezembro de 2021, mas apenas com visitas agendadas. As visitações serão de terça à quinta, das 09h às 15h. A entrada custa R$ 3,00.
- Theatro da Paz: o teatro é lindíssimo e foi fundado em 1878, no auge do ciclo da borracha, representando o poderio econômico da cidade naquela época. A visitação acontece de hora em hora e de forma guiada.
Fachada do Theatro da Paz em Belém. |
- Ilha do Combu: quer sentir um gostinho da Floresta Amazônica sem sair de Belém? Então visite a Ilha do Combu. São várias opções de restaurantes à beira do rio Guamá e de seus igarapés. Vale a pena passar uma tarde por lá. Vá para almoçar e deixe a sobremesa para o famoso chocolate da Dona Nena, a Filha do Combu. Foi uma das experiências mais gostosas da viagem.
Brigadeiro da Dona Nena - A Filha do Combu. |
OBS: Confira o post completo sobre a Ilha do Combu clicando aqui.
Além das citadas acima, outras atrações muito procuradas por turistas em Belém são: o Forte do Presépio, a Catedral da Sé, a Basílica Nossa Sra. de Nazaré, o Museu de Arte Sacra, a Casa das Onze Janelas e o Bosque Rodrigues Alves.
O que comer em Belém
Ir para Belém é fazer uma viagem gastronômica. Não à toa é conhecida como a capital da gastronomia. A culinária é bem singular. Prepare-se para descobrir muitos sabores exóticos da Amazônia. Vá de coração aberto para experimentar tudo o que essa região tem para oferecer, principalmente o inigualável açaí.
- Açaí: no topo da minha lista e na minha humilde opinião, se trata da estrela do Pará. Aproveite cada oportunidade que tiver para se deliciar com o açaí paraense, pois em nada se parece com o açaí que conhecemos aqui no Sudeste e proximidades.
O açaí é a base da refeição paraense. Confesso que, ao provar o açaí raiz, ou seja, puríssimo e sem nada de açúcar, fiquei frustrada. Na verdade eu detestei e quase chorei de tristeza. Foi difícil processar aquele sabor forte que chega a ser amargo, sem falar na consistência quase líquida e na temperatura, pois não é congelado como estamos acostumados. Um dos motivos que me fez desejar conhecer o Pará foi justamente o açaí, por isso não desisti e insisti. No dia seguinte fomos em outro lugar e experimentei novamente. Dessa vez misturei um pouco de açúcar (como muitos nativos fazem) e também pedi para adicionar banana e granola, pois sair do nosso açaí fake adoçado com xarope de guaraná e ir direto provar o açaí puro era uma mudança muito radical para o meu paladar. Comecei a gostar bastante e mais tarde estava eu novamente indo comprar outro açaí, mas dessa vez tirei a granola, mantive a banana e coloquei menos açúcar. Cada dia eu ia diminuindo o açúcar, mas mantendo a banana, já que é uma combinação perfeita! Haha. Só sei dizer que rapidamente me apaixonei e não teve um dia sequer que ficamos sem o tal do açaí. Até no mercado nós compramos açaí e levamos para tomar no hotel. No meio da viagem eu já havia abandonado a banana, mas admito que não consegui abandonar o açúcar. Se o próprio paraense (não todos) come ele com açúcar, quem sou na fila do pão para sair do Sudeste e querer tomar o açaí raiz?
Açaizeiro carregado de açaí. Um caso de amor. |
OBS
- Descobri que existem 3 "espessuras" do açaí: fino (ou popular), médio (ou regular) e grosso (ou especial). A viscosidade depende da quantidade de água adicionada para bater o açaí. Experimentamos o açaí grosso no Point do Açaí e foi o melhor de todos! Fica a dica.
- Li vários relatos dizendo que o açaí paraense lembra o abacate. Gente, não achamos nada parecido. Não sei que abacate é esse que o povo anda comendo por aí. Me conta nos comentários se você já provou o açaí paraense e se achou parecido com abacate.
- Peixes: deguste os mais variados e saborosos peixes da região, como filhote, tambaqui, surubim, tucunaré, pirarucu... O filhote foi o meu preferido. Delicioso demais!
- Unha de caranguejo: é uma coxinha de caranguejo! Eu não tenho a menor paciência para comer caranguejo e nem sou fã, mas amei essa versão de coxinha recheada com caranguejo. Uma delícia;
- Maniçoba: é a famosa feijoada paraense, porém sem o feijão. What? É isso mesmo, a iguaria leva os mesmos componentes suínos da feijoada, mas no lugar do feijão entra a maniva, folha da mandioca-brava triturada. É bem gostosa, por sinal. Vale a pena experimentar;
- Tucupi: é um líquido amarelo super explorado na culinária paraense. É extraído da raiz da mandioca-brava e usado em diversos pratos;
- Jambu: companheira do tucupi e considerada o "agrião do Pará", é uma erva que causa uma leve sensação anestésica na boca. Está presente em diversas preparações, sem falar na famosa cachaça de jambu;
- Tacacá: essa é a comida de rua número 1 de Belém. A tradição é no final da tarde tomar um tacacá vendido pelas "tacacazeiras" nas esquinas da cidade. O caldo leva goma de mandioca, camarão seco, tucupi, jambu e pimenta-de-cheiro. Para quem não está acostumado é bem azedo;
- Caruru: pirão feito com quiabo, camarões secos e inteiros, tempero verde, farinha seca e dendê. Esse prato é para quem gosta de quiabo. Eu amo!
- Pato no tucupi: pato cozido no tucupi e servido com jambu refogado e arroz;
- Farofa de Piracuí: feita com farinha de piracuí, que nada mais é que uma farinha de peixe. A farofa também leva banana frita;
- Pupunha: o fruto da Pupunha, uma palmeira típica da Amazônia, é chamado de "pupunha" e muito consumido na região Norte. Geralmente é cozido em água e sal e acompanhado de um bom café;
- Queijo do Marajó: queijo delicioso feito com leite de búfala.
OBS: a mandioca brava precisa ser cozida durante vários dias para eliminar o ácido cianídrico (substância extremamente tóxica) presente na planta.
Pratos típicos paraenses: Maniçoba, Arroz Paraense e Farofa de Piracuí. |
Onde Comer em Belém
- Ver-O-Peso: não deixe de tomar o açaí batido na hora em um dos boxes do Mercado Ver-O-Peso. Custa R$ ~10,00 a tigela. Se quiser ter uma experiência raiz vale pedir o tradicional peixe frito com açaí e farinha.
Degustando o açaí no Mercado Ver-O-Peso. |
- Point do Açaí: foi o melhor açaí que provamos. Olha que foram muitos. Gostamos tanto que fomos lá duas vezes. Pedimos o açaí grosso (R$ 29,90 a tigela de 500 mL) e uma porção de unha de caranguejo (R$ 50,00 a porção com quatro unhas). Ambos estavam deliciosos. O açaí grosso tem a consistência mais parecida com a que consumimos aqui no Sudeste. Só a consistência mesmo, pois o sabor nem se compara. O açaí por si só já é uma refeição, então ficamos super satisfeitos e nem conseguimos pedir outro prato. Teria voltado no Point do Açaí todos os dias. São várias unidades, mas a mais famosa é o "Point Casarão".
- Sorveteria Cairu: é simplesmente a sorveteria eleita por várias vezes consecutivas como a melhor do Brasil. Não deixe de se deliciar com os sorvetes regionais, como castanha do Pará, tapioca, taperebá, bacuri, açaí, cupuaçu, uxi, muruci, entre outros. Custa R$ 12,00 uma bola e R$ 24,00 duas bolas (casquinha ou copinho). São 13 lojas em Belém (uma na Estação das Docas) e também tem 2 lojas no RJ.
Sorvete de Bacuri na Cairu da Estação das Docas. |
- Brigadeiro da Dona Nena - Filha do Combu: em Belém tem um ponto oficial de venda do Chocolate de Combu, na loja Ornatos Embalagens. Os preços são os mesmos da loja oficial na Ilha do Combu. No último dia em Belém nós fomos na Ornatos comprar mais brigadeiro. Entre em contato com a loja antes para saber se todos os produtos estão disponíveis.
- Ver-O-Açaí: mais um restaurante sensacional onde comemos um delicioso pudim de açaí. O cardápio é super variado e muita gente recomenda o menu degustação, mas não foi o nosso pedido. Pedimos duas unidades de unha de caranguejo (R$ 11,90 cada) e o nosso prato principal foi o "Come e Geme de Filhote" - posta de filhote coberta com crosta de castanha do Pará e crisp de batata, arroz de chicória e queijo coalho (R$ 59,90 cada). De sobremesa optamos pelo pudim de açaí com creme de tapioca e nos surpreendemos muito (R$ 21,90). A gente queria ter provado o açaí deles, mas infelizmente faltou oportunidade.
- Soprano Restô: foi o meu primeiro contato com a culinária paraense e um dos melhores pratos que comi durante a viagem. Pedi o delicioso "Filhote Fafá de Belém" - posta de filhote grelhado com queijo Marajó, risoto de jambu e batatas noisettes (R$ 98,00 para dois). Tudo estava delicioso e o primeiro contato com o jambu a gente nunca esquece! Haha a sensação que ele causa na boca é bem interessante.
- Terrace Açaí: aproveitamos um passeio no fim do dia pelas Docas e fomos degustar mais um açaí. Custou R$ 20,00 a tigela de 400 mL. O Terrace também serve comidas típicas.
- Roxy Bar: o local é bem famoso e descontraído. Tem um telão onde são exibidos clipes diversos. O cardápio é bem interessante, com opções para todos os gostos. Nós pedimos dois pratos, um para cada, mas quando chegou levamos um susto, pois apenas um prato serviria nós dois tranquilamente. Acredito que o garçom poderia ter nos avisado que os pratos eram bem servidos. Fica a dica. Pedi o "Filhote a Milanesa Jennifer Aniston", veio acompanhado de risoto de parmesão e custou R$ 83,00. O marido pediu o "Frango Sophia Loren" e custou R$ 72,00. A comida estava ok, mas nada demais. Eu não voltaria.
- Manjar das Garças: localizado no Mangal das Garças, é super indicado, mas vi muitas avaliações ruins no Tripadvisor. Infelizmente não conseguimos comer por lá. Estava na lista e ficará para a próxima.
- Tacacá do Renato: considerado o melhor de Belém, é o lugar para experimentar um dos pratos típicos paraenses mais famosos. Provei o tacacá em Santarém, no Massabor e confesso que não rolou kkkkk. Achei bem azedo. Eu deveria ter ido ao Tacacá do Renato para provar novamente, já que é o mais recomendado. Ficará para a próxima.
- Uatá?!: teve um dia que o marido quis ir nessa hamburgueria, mas eu não estava a fim de comer hambúrguer. Fomos ao shopping Pátio Belém (era pertinho do hotel), pois lá tinha uma unidade da hamburgueria. O marido gostou bastante e recomenda. Eu aproveitei para comer na Spoleto, pois para mim não tem erro.
OBS: eu não gosto muito de camarão e a maioria dos pratos típicos são feitos com camarão. Por isso acabei focando mais nos peixes e no açaí. Para quem gosta muito de camarão vai se deliciar com tantas opções de pratos.
Hospedagem em Belém
Nos hospedamos no Hotel New Inn e gostamos bastante do custo-benefício. Nós chegamos pela manhã e seria cobrada uma taxa de R$ 50,00 para adiantar o nosso check-in, mas a recepcionista foi super simpática e disse que não cobraria. Quando voltamos de Alter do Chão nos hospedamos novamente no New Inn. Chegamos antes das 06h e nos cobraram apenas R$ 50,00 para antecipar a diária. Preço super justo, considerando que o check-in era a partir das 14h. Nós chegamos, tomamos banho e ainda dormimos um pouco. Super recomendo. Reservamos as diárias sem a opção de café da manhã, mas é possível pagar pelo café à parte. A gente preferiu assim, pois teve dia que o nosso café da manhã foi o açaí do Ver-O-Peso. Delícia!
Jardim vertical na fachada do Hotel New Inn. |
O que Fazer em Santarém - Pará
Santarém é a porta de entrada para Alter do Chão, o chamado Caribe Amazônico. De Belém (BEL) para Santarém (STM) são 1h20 de voo e a passagem custa ~R$ 400,00 - 800,00. Nós pegamos uma promoção da Gol e pagamos R$ 227,00 ida e volta por pessoa. Alter do Chão está a pouco mais de 30 km de Santarém e a dica é ir de táxi, não há necessidade de alugar um carro.
DICA
- É possível comprar a passagem com o destino final em Santarém, mas eu queria passar alguns dias em Belém. Por isso comprei as passagens separadas;
- Transfer de Santarém para Alter do Chão: indico o Ayrton, morador de Santarém super simpático. Ele faz o serviço de transfer para uma pousada em Alter do Chão e sempre está indo e vindo. Vale a pena entrar com contato com ele. Telefone: (93) 9 9207-3380.
A nossa passagem pela cidade foi curta, mas bem proveitosa. Fizemos uma parada de menos de um dia em Santarém na volta de Alter do Chão. A cidade estava no roteiro por causa do famoso encontro das águas barrentas do Amazonas com as águas cristalinas do Tapajós. A partir do Terminal Fluvial Turístico saem passeios para ver o fenômeno de perto. O passeio tem 1 hora de duração e custou R$ 180,00 para nós dois. Se tivesse mais gente seria mais barato. Para grupos de 4 pessoas ficaria R$ 50,00 para cada.
O passeio foi lindo demais e de brinde vimos muitos botos. MUITOS! Coisa mais perfeita da natureza, gente! Ver de pertinho esses animais tão fantásticos se alimentando em seu habitat é emocionante. O fenômeno das águas que não se misturam também é incrível de se ver. Fatores como densidade, temperatura e correnteza/velocidade não permitem que as águas se misturem por um trecho de alguns km. O Amazonas é mais denso, devido a presença de barro, mais frio e mais corrente que o Tapajós. Na época de cheia as cores ficam ainda mais pronunciadas. Também passamos pelo Igarapé Açu, onde fica o Restaurante Casa do Jacaré.
A noite a gente saiu para aproveitar um pouco a orla, pois o nosso hotel ficava em frente ao calçadão. Nós fomos jantar no Massabor, restaurante localizado no Terminal Fluvial Turístico, mesmo lugar de onde saem os passeios de barco. Durante a noite o local fica todo iluminado e super movimentado. O restaurante é referência em pizzas e comidas regionais. Pedi um Caruru e estava uma delícia. Veio bem servido e o preço super em conta, custou R$ 12,00 a porção acompanhada de arroz e jambu.
DICA: sobre os botos e a Feira do Peixe - li várias recomendações para ver os botos que ficam em frente à feira, pois eles acostumaram com os peixes que são jogados diariamente pelos feirantes. Até peixe amarrado na corda eles usam para atrair os botos. Os locais nos informaram que a melhor época é na cheia do rio, pois é quando os botos se aproximam mais da orla e podem ser observados com mais frequência. Fica a dica.
Alter do Chão - PA
O Caribe da Amazônia é realmente incrível. Claro que a cor da água não é a mesma das praias do Caribe, mas o local é paradisíaco e diferente de tudo que já vi. Certamente está entre as paisagens mais espetaculares desse nosso planeta água. Uma peculiaridade é sobre a época certa para conhecer as praias fluviais, uma vez que o cenário muda drasticamente de acordo com a época de chuvas. São apenas duas estações por lá: inverno amazônico e verão amazônico. O inverno é caracterizado pelo período de chuvas intensas que ocorrem entre os meses de janeiro a julho, enquanto o verão é caracterizado pela seca que ocorre entre os meses de agosto a dezembro.
O principal atrativo da região são as praias fluviais: durante a seca acontece a vazante do rio e várias porções de areia ficam visíveis, formando as magníficas praias de rio com água morna e cristalina. Confira aqui o post com as dicas de passeios para fazer em Alter do Chão.
Ilha do Marajó
Outro destino incrível, mas que acabou ficando de fora do nosso roteiro. A Ilha do Marajó é a maior ilha fluviomarítima do mundo. Ela é banhada tanto pelas águas fluviais dos rios Amazonas e Tocantins quanto pelas águas do oceano Atlântico. Barcos e balsas partem de Belém em direção à Soure, capital da ilha, em uma viagem de ~2h a 3h30, depende da embarcação que escolher. Muita gente acaba fazendo bate-volta, mas não é o recomendado. Por isso a gente acabou deixando ela para uma próxima viagem. Exótica, a Ilha do Marajó é famosa pela quantidade de búfalos que abriga. São mais de 500 MIL búfalos vivendo tranquilamente na ilha.
Me conta se você imaginava que o Pará era tão incrível assim e se tem vontade de conhecer. Eu sou suspeita de falar, pois voltei super encantada e pretendo muito voltar. Quem aí já conhece esse pedaço da Amazônia? Deixe seu comentário falando sobre o que mais gostou e o que fez ou faria de diferente. Aproveite para compartilhar esse post para que mais pessoas conheçam esse lugar único e que é nosso!
See you later!
Lana Cole.
FONTE: www.estacaodasdocas.com/ www.museu-goeldi.br/ www.mangaldasgarcas.com.br/
www.pa.gov.br/
sou paraense e o Google me recomendou seu artigo - que grata supresa!! você aproveitou sua estadia melhor que muito paraense "da gema" hehe. Obrigado pela visita e pelo texto tão meticuloso e respeitoso!! Espero que retorne e que só tenham boas experiências pra relatar!!
ResponderExcluirEi, Murillo! Seja muito bem-vindo! Fico tão feliz com seu comentário, muito obrigada. Eu AMEI demais conhecer um pouquinho do seu estado e pretendo sim voltar. Foi uma experiência única e incrível. Abraço!
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