"Nada é tão nosso quanto os nossos sonhos" (Nietzsche)

Inhotim - Eixo Rosa


Oie, gente! 

Hoje eu trago mais um post sobre o Inhotim e, dessa vez, vou falar sobre o Eixo Rosa. O parque é maravilhoso, e saiba que são necessários dois ou até três dias inteiros para conhecê-lo. No meu roteiro, separei dois dias inteiros para passear pelos jardins e visitar as obras e galerias. É cansativo, mas delicioso! Eu até teria voltado no terceiro dia, porque o lugar é incrível demais — mas o marido não quis, haha. No fim do segundo dia, saí de lá com aquela vontade imensa de voltar. Não é à toa que já estive no Inhotim seis vezes! Foram dois dias de visita em cada ano: 2015, 2019 e 2021.

O Inhotim é dividido em 3 Eixos (caminhos ou rotas): AmareloLaranja e Rosa. O eixo amarelo fica na parte central do parque, é menor e todo feito a pé. Já os Eixos Laranja e Rosa são maiores, mais afastados e contam com o serviço de carrinhos de golfe em pontos estratégicos, o que facilita o acesso às obras e galerias mais distantes. A dica é dividir a visita em dois dias: um para o Eixo Amarelo + as atrações próximas dos Eixos Rosa e Laranja, e outro dia exclusivo para explorar os Eixos Rosa e Laranja com o auxílio dos carrinhos. Os carrinhos são pagos à parte e, em junho de 2021, custavam R$ 30,00 por pessoa.

Atenção: este post foi atualizado em junho de 2021.


Inhotim: Eixo Rosa - Obras e Galerias



O Eixo Rosa é bem maior que o Eixo Amarelo, mas possui menos atrações. Enquanto no Eixo Amarelo são 19 (sem falar nos destaques botânicos), no Eixo Rosa são apenas 11, incluindo 4 obras ao ar livre e 7 galerias, além de 6 destaques botânicos. Confira no mapa abaixo as obras e galerias destacadas em preto:


O Eixo Rosa conta com três rotas dos carrinhos de golfe, mas uma delas estava desativada em 2021. Apenas as rotas 6 e 7 estavam ativas. Não sei se a rota 5 foi desativada temporariamente ou se isso é algo definitivo.
   
Atrações do Eixo Rosa

Obras ao Ar Livre:
- A4: Bisected Triangle, Interior Curve por Dan Graham
- A12: Invenção da cor, penetrável Magic Square #5, De Luxe por Hélio Oiticica
- A16: Sem título, Sem título, Sem título (bronze 5) por Edgard de Souza
- A17: Narcissus Garden Inhotim por Yayoi Kusama

Galerias:
- G6: Galeria Lago
- G8: Galeria Doris Salcedo
- G9: Galeria Marcenaria
- G10: Doug Aitken
- G12: Matthew Barney
- G16: Galeria Miguel Rio Branco
- G23: Galeria Claudia Andujar

Destaques Botânicos: B3, B7, B16, B20, B21 e B26.

A primeira obra do Eixo Rosa é a A4 - Bisected Triangle. Paramos nela primeiro e depois seguimos contornando o lago. Vou destacar as atrações na ordem do mapa. Uma dica que dou é levar uma caneta para ir riscando os pontos já visitados, pois é muito fácil deixar algo para trás.


A4 - Por Dan Graham


  • Bisected Triangle, Interior Curve, 2002
Material: vidro espelhado e aço inoxidável.

Os pavilhões de Graham têm os vidros como material constitutivo básico, quase sempre com espelhamentos, sustentados por bordas de metal. A partir de formas simples, muitas delas curvas, os espelhos provocam distorções nos reflexos, além de sobreporem camadas de profundidade, confundindo a percepção do espaço ao redor. Essa sobreposição desorienta o público ao misturar o "dentro" e o "fora". No interior da obra há um espelho côncavo e um convexo.




Gosto muito dessa obra. Acho lindo o formato de triângulo e o reflexo da paisagem ao seu redor. Ela fica em frente ao lago, o que dá um charme a mais para a obra.



B21 - Paxiúba (Socratea exorrhiza)

Um dos destaques botânicos do Eixo Rosa é essa palmeira com grandes raízes aéreas, que chama atenção no jardim do Inhotim. Suas raízes apresentam características estruturais adaptadas a ambientes com muita água.


A17 - Por Yayoi Kusama


  • Narcissus Garden Inhotim, 2009
Material: esferas de aço inoxidável.

Em referência ao mito de Narciso, que se encanta pela própria imagem refletida na água, a obra consiste em 750 esferas de aço inox que flutuam sobre o espelho d'água do Centro Educativo Burle Marx, criando formas que se diluem e se condensam de acordo com o vento e outros fatores externos, refletindo tudo à sua volta — inclusive o próprio expectador.




Eu achei esse espaço incrível! Bem elaborado e muito lindo. As esferas nunca estão no mesmo lugar, elas mudam de posição de acordo com a força do vento. Essa é uma das minhas obras favoritas.



A12 - Por Hélio Oiticica


  • Invenção da cor, Penetrável Magic Square #5, De Luxe, 1977
Material: paredes em alvenaria, tinta acrílica, tela de arame e vidro, seixo rolado

Baseados no quadrado, estes espaços se oferecem ao espectador como grandes áreas de permanência e convívio, colocando-o em contato vivencial com a forma, a cor e os materiais. A cor é outro elemento fundamental na produção de Oiticica. A presença da luz natural, com as mudanças que sofre ao longo do dia, completa a obra, pois a modifica a cada instante.




São nove paredes coloridas que contrastam com o verde da natureza ao redor


B7 - Palmeira-azul (Bismarckia nobilis)


Outro destaque botânico são as palmeiras azuis. Elas estão localizadas em frente (e atrás) da obra A12, do Hélio oiticica. Acabei não fotografando de perto, mas na foto abaixo dá para vê-las.


G6 - Galeria Lago


A Galeria Lago é um dos quatro espaços do Inhotim dedicados a exposições temporárias. Abaixo estão algumas obras que estavam expostas quando visitamos a galeria em 2015 e 2019. Já em 2021, a G6 estava fechada temporariamente.

Por David Medalla
  • Cloud-Gates Bubble Machine, 1965/2013
Material: acrílico, espuma, mangueiras, sistema de bomba de ar e de água.

Medalla percebeu que a arte poderia ser feita com materiais não convencionais, desafiando o conceito de escultura e refletindo suas vivências. Nessa obra estão presentes oposições formais, como o estático e o cinético, o autoral e o aleatório, além de questões afetivas, como os fluxos, os ciclos de criação e destruição necessários às transformações e a conexão entre diferentes histórias. 


Esses tubos estavam cheios de espuma, que aumentava com o tempo e escapava deles. Na foto não ficou nítido.

Geta BratescuO Jardim e Outros Mitos


Geta Bratescu possui uma extensa obra em colagem, têxtil, fotografia, filmes experimentais e de animação, instalação e gravura.


  • Gradina, 1991
Colagem e têmpera sobre o papel. 


  • Portret ale Medeii, 1979
Litografia em cinco cores sobre papel.

As obras em torno da figura de Medeia revelam o interesse da artista pela mitologia grega. Medeia, filha do rei Eetes e mulher de Jasão, aparece no ciclo mitológico das Argonáuticas, em que facilita ao futuro esposo a conquista do velo de ouro. Anos depois, Medeia assassina os filhos como forma de vingança pela infidelidade do marido.







Por Yayoi Kusama:
  • I am here, but nothing, 2000
Nesta instalação, Kusama cria uma sala doméstica comum, mas iluminada por luz negra e salpicada por pontos brilhantes coloridos. 




Não fotografei a G9, B20, A16 e B26.

G8 - Galeria Doris Salcedo


  • Neither, 2004
Material: placas de gesso e aço.

"A artista lida com estruturas de poder e como elas interferem na vida das pessoas. Aqui, essa discussão se dá em uma intervenção no espaço, tendo como referência histórica a arquitetura dos campos de concentração. Observa-se uma sala branca sem janelas, com paredes inteiramente penetradas por grades, expondo a tensão entre espaço interno e externo, segurança e aprisionamento".






Não fotografei a G16, B16 e B3.

G23 - Galeria Claudia Andujar


A galeria foi inaugurada em 2015 e reúne mais de 400 obras da fotógrafa suíça. Ela é dividida em três módulos expositivos: A Terra; O Homem; e O Conflito.





A galeria é lindíssima, assim como a exposição.




G12 - Matthew Barney


  • De lama lâmina, 2009
Material: domos geodésicos em aço e vidro, trator florestal, escultura em policaprolactona.

Um domo geodésico, localizado na mata afastada do núcleo do parque, abriga o trator que sustenta uma árvore. Essa galeria é linda! Foi uma das que mais gostei.




G10 - Doug Aitken


  • Sonic Pavilion, 2009
Material: pavilhão de vidro e aço, revestido de película plástica, poço tubular de 202 metros de profundidade, microfones e equipamento de amplificação sonora.

É o resultado de um processo de 5 anos, entre pesquisa, projeto e construção. A partir de um buraco de 202 metros de profundidade feito no solo, foram instalados vários microfones que captam os sons da terra. O som é transmitido em tempo real por meio de um sistema de equalização e amplificação, no interior de um pavilhão de vidro, vazio e circular.




Essa galeria é genial! São sons variados e bem intensos, diferente de tudo que já ouvi. É comum encontrar pessoas deitadas no interior da galeria, relaxando e curtindo o som.



Assim termina o Eixo Rosa, onde também estão localizados o Restaurante Oiticica e o Centro de Educação e Cultura Burle Marx. 

OBS: 

  • As fotos são de 2015, 2019 e 2021. Algumas obras não estão mais em exposição; 
  • Os textos foram retirados do próprio site do Inhotim;
  • Às vezes esqueço que tenho um blog e acabo deixando de fotografar muita coisa. So sorry!

Acesse os outros posts sobre o Inhotim: 


See you later!
Lana Coli.

2 comentários:

Oie, seja bem-vindo (a) ao meu blog, Lana Traveler! Fique à vontade para perguntar e deixar suas sugestões. Com carinho, Lana Coli.