"Nada é tão nosso quanto os nossos sonhos" (Nietzsche)

Deserto do Atacama: Valle de La Luna

Duna Mayor e Anfiteatro no Valle de La Luna - Deserto do Atacama.

Oie, gente!


Hoje vou compartilhar mais detalhes sobre os passeios que fizemos no Deserto do Atacama. E para começar, nada melhor do que falar sobre um dos passeios mais clássicos da região: o Valle de la Luna. Comecei a sonhar com essa viagem em 2015, montei o roteiro em 2017, mas só em 2023 finalmente tirei o plano do computador. O deserto mais seco do mundo se estende por mais de 100 mil km² e abriga paisagens surreais: vulcões imponentes, montanhas nevadas, salares, lagoas coloridas, águas termais, gêiseres, penhascos dramáticos, formações rochosas esculpidas pelo tempo, uma fauna exótica e um céu surpreendentemente estrelado, para ninguém colocar defeito. 
Continue no post e confira como foi nossa experiência no Valle de la Luna.


No post inicial sobre o Atacama (aqui), já destaquei a importância de escolher uma boa agência para os passeios. Com tantas opções disponíveis, optamos por uma agência renomada e brasileira. Após ler ótimas recomendações sobre a Araya, não tivemos dúvidas em fechar nosso roteiro com eles. Selecionamos os passeios que queríamos fazer e a própria equipe da Araya se encarregou de organizar o roteiro de forma otimizada. 


Nesse post, vou relatar nossa experiência no tour para o Valle de La Luna oferecido pela Araya. Os passeios podem variar de uma agência para outra, tanto no itinerário quanto nos valores. Nós fizemos o pacote full day, que incluía Valle de la Luna + Lagunas Cejar e Tebinquiche (aqui), aproveitando o dia ao máximo. O tour teve duração aproximada de 10 horas, incluindo transporte desde a pousada, guia, almoço com sobremesa, picnic e até roupão para usar na lagoa de sal. O custo foi de 105 mil CLP, já com as entradas dos parques incluídas. Vale lembrar que esses dois passeios também podem ser feitos separadamente — várias agências oferecem essa opção. 


OBS: nosso passeio aconteceu no final de março de 2023. 


Atenção: há quem prefira explorar o Atacama por conta própria. Para alguns passeios, isso é perfeitamente viável, especialmente para quem estiver em um 4x4. No entanto, existem roteiros com trajetos complicados e até perigosos, que exigem um motorista com experiência no deserto. Como o Valle de La Luna fica próximo da cidade de San Pedro, é possível visitá-lo sem guia. Li alguns relatos de quem fez dessa forma, mas nós preferimos contar com uma empresa especializada. A última coisa que queríamos era enfrentar qualquer tido de perrengue no meio do deserto!


Um pouquinho da Cordilheira de Sal no Deserto do Atacama.


DICA: esse roteiro é ideal para os primeiros dias no deserto, pois os locais visitados estão a uma altitude de 2.400 a 2.500 metros — a mesma de San Pedro. Isso ajuda o corpo a se aclimatar antes dos passeios em altitudes mais elevadas. Além disso, uma recomendação válida para qualquer tour no Atacama é levar pelo menos 1 L de água por pessoa. Manter-se hidratado é essencial para prevenir ou minimizar os efeitos do mal de altitude.



Deserto do Atacama - Valle de la Luna


Localizado na Cordilheira de Sal, a pouco mais de 10 km de San Pedro de Atacama, o Valle de La Luna é um dos passeios mais icônicos da região. Sua paisagem árida, coberta por sal, gesso e argila, cria um cenário surreal, sem trilhas de vegetação, onde a imensidão do deserto se faz sentir de forma intensa. Declarado santuário natural em 1982, o Vale da Lua faz parte da Reserva Natural los Flamenco e é administrado por comunidades indígenas. O passeio oferece vistas impressionantes e inclui paradas em pontos famosos, como a imponente Duna Mayor, o Anfiteatro de pedra, as Cavernas de Sal, as Três Marias e o Mirador de Kari


OBS: não é permitido o uso de drones.


Duna Mayor e Anfiteatro no Valle de La Luna - Deserto do Atacama.

O que usar no tour do Valle de la Luna (baseado no final de março e início de abril):


- O passeio inclui uma pequena caminhada com elevação, em terreno irregular e sob alta exposição solar. Como uma parte do trajeto é feita pelas dunas, é essencial usar calçado fechado e confortável. A bota de trekking é uma ótima opção, pois oferece mais segurança e evita escorregões. Lembre-se de que qualquer calçado ficará imundo de terra, afinal, estamos no deserto;

- Boné ou chapéu, protetor solar e protetor labial são indispensáveis para se proteger do sol intenso;

- Roupas leves: você pode optar por calça, legging ou shorts, dependendo da sua preferência. Na parte de cima, recomendo uma camisa de manga longa, que ajuda a proteger a pele do sol;

- Leve também um casaco corta-vento para usar no final do dia, pois as temperaturas podem variar bastante;

Para a caminhada, escolhi uma bota de trekking, que me acompanhou em praticamente todos os passeios. Optei por roupas compridas por causa do sol forte, mas escolhi peças leves — mesmo a calça sendo de veludo. 


Na maioria das agências, o passeio acontece à tarde, mas com a Araya fomos pela manhã. Por volta das 9h30 já estávamos iniciando a caminhada pelas dunas em direção à Duna Mayor e ao Anfiteatro. São cerca de 20 minutos de caminhada até as primeiras atrações. A paisagem é impressionante — fiquei completamente apaixonada! 



Iniciando nossa caminhada entre as dunas

Essas dunas douradas são simplesmente incríveis!


Contemplando esse espetáculo da natureza, fiquei sem palavras diante de uma das paisagens mais lindas que já vi. A vastidão e a beleza do Valle de La Luna são realmente impressionantes.


O famosos Anfiteatro de pedra. Ele é imenso!

Anfiteatro de pedra no Valle de la Luna - Deserto do Atacama.


Em seguida, seguimos para uma área cercada por cristais de sal, onde nosso guia nos explicou detalhadamente a importância do sal no Atacama. Foi uma oportunidade interessante para aprender mais sobre o deserto e sua formação. Depois, fomos até as Três Marias, três esculturas naturais esculpidas pela força dos ventos. Atualmente, restam apenas duas, pois uma delas desmoronou depois que um turista subiu na formação para tirar fotos — NÃO SEJA ESSE TIPO DE TURISTA! Para evitar que o mesmo aconteça com as outras, a área agora é cercada, evitando que outros visitantes terminem de destruir o que restou.


As esculturas das Três Marias - Deserto do Atacama.

Paisagem ao redor das Três Marias - Deserto do Atacama.

A última para do tour foi no Mirador de Kari, de onde temos uma vista panorâmica da Cordilheira de Sal. De lá, é possível contemplar toda a vastidão do deserto e a paisagem árida que compõe o Atacama. Foi o encerramento perfeito para um passeio tão impressionante, com a beleza do lugar ficando gravada na memória.

Mirador de Kari - Deserto do Atacama.

Mirador de Kari - Deserto do Atacama.

Há uma formação rochosa chamada Piedra del Coyote (ou Pedra do Papa-Léguas), que lembra os cenários do desenho do Papa-Léguas e Coiote, dos Looney Tunes: o Tiny Toon Adventures. Quem aí é da época desses desenhos clássicos? Até pouco tempo, os turistas formavam fila para fotografar na pontinha da pedra, mas hoje isso não é mais permitido devido ao risco de desabamento.


Mirador de Kari e a famosa Piedra del Coyote a direita (ou pedra do Papa-léguas).

Aproveitando cada oportunidade para registrar o Licancabur, com um olho no deserto e outro no vulcão!

Vista para o Licancabur, Cordilheira dos Andes.

Por volta do meio-dia, nos despedimos desse cenário paradisíaco e seguimos para o nosso ponto de parada para o almoço. O prato do dia foi purê de batata, espetinho de frango com legumes e salada de alface, tomate e palmito. Uma delícia! As bebidas disponíveis eram água, suco, refrigerante e vinho. Também teve sobremesa, mas não fotografei. Após o almoço, seguimos para uma das experiências mais incríveis do Atacama: flutuar em uma lagoa de sal. 

Almoço servido pela Araya no Deserto do Atacama.

É isso, gente! O que vocês acharam do tour pelo Valle de la Luna? Me contem se já tiveram a oportunidade de conhecer o Atacama ou se esse destino está na lista dos sonhos. Se tiverem dúvidas, sugestões ou quiserem compartilhar suas experiências, é só deixar um comentário aqui embaixo!


See you later!
Lana Coli.

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