Oie, gente!
Hoje eu trago mais uma dica de passeio para incluir no seu roteiro pelo Pará. Que tal sentir um gostinho da Floresta Amazônica sem sair de Belém? É só visitar a Ilha do Combu — afinal, a Amazônia é logo ali! Conhecer mais esse cantinho do nosso Brasil foi uma experiência deliciosa. A cidade de Belém é cercada por diversas ilhas, são 39 catalogadas. A Ilha do Combu é a quarta maior, são quase 16 mil m², e também a mais próxima da cidade. Cerca de 1.500 pessoas vivem por lá, sustentando-se principalmente da pesca e do extrativismo de recursos da floresta, como o açaí e o palmito.
Ilha do Combu - como chegar e o que fazer
Imagine um lugar onde o único meio de transporte é o barco. Assim é a Ilha do Combu. As embarcações partem da Praça Princesa Isabel, em Belém, e o trajeto até a ilha leva cerca de 15 minutos. Você compra o bilhete de ida e volta, e pode retornar em qualquer embarcação disponível. Em novembro de 2021, o bilhete custava R$ 20,00 por pessoa (ida e volta).
As paradas são feitas conforme o destino de cada passageiro, por isso, ao embarcar, é importante informar onde você pretende descer. Uma vez na Ilha do Combu, você pode circular entre as propriedades, mas qualquer trajeto adicional será cobrado à parte pelo barqueiro — geralmente entre R$ 5,00 e 10,00 por pessoa. Para se deslocar de um ponto a outro, é necessário aguardar alguma embarcação que esteja indo na direção desejada. Lembre-se: só é possível se deslocar de barco.
Saiba que a principal atração da Ilha do Combu são os restaurantes à beira do rio Guamá e dos igarapés. Há opções para todos os gostos: muitos oferecem banho de rio, outros contam com piscina, área para crianças, trilhas e até música ao vivo. Vale a pena pesquisar com antecedência para escolher onde passar o dia.
Dica: deixe a sobremesa para o famoso chocolate da Dona Nena, a Filha do Combu.
Informações importantes:
- Aos finais de semana, diversas embarcações ficam disponíveis e não é necessário comprar passagem com antecedência. Já durante a semana, será preciso combinar o trajeto com algum barqueiro antes;
- A maioria das atrações da ilha só funciona nos finais de semana. Programe-se e entre em contato com o local desejado para confirmar o funcionamento;
- Li alguns comentários sobre embarcações precárias, mas achei os barcos bem razoáveis. Em todos que utilizamos havia coletes salva-vidas disponíveis;
- Um ponto de atenção é a insegurança no entorno da Praça Princesa Isabel. Realmente, a área não é das mais seguras, mas estava bem movimentada quando fomos (num domingo). A dica é não perder tempo circulando por ali. Fomos e voltamos de uber;
- A travessia para a Ilha do Combu não é um "passeio" turístico. Os barqueiros apenas transportam os passageiros até os restaurantes. Se quiser explorar os igarapés e outras áreas, procure um tour privativo;
- A melhor época para visitar é durante o "verão amazônico", de julho a dezembro.
O Saldosa Maloca é o restaurante mais indicado da região — e a experiência foi deliciosa! Ele fica às margens do rio Guamá, a aproximadamente 1,5 km de Belém. Fomos os primeiros a chegar e logo fomos recepcionados pelo proprietário, que nos contou um pouco sobre o local e nos apresentou seu lindo quintal. Um detalhe superinteressante são os biodigestores utilizados para decompor os restos de alimentos do restaurante. Além de produzir biofertilizante para a horta, o sistema também recolhe o biogás, que é aproveitado na cozinha. Incrível, né?
Importante: o Saldosa Maloca não tem música ao vivo, piscina ou atrativos para crianças. Justamente por isso eu amei a experiência! A grande atração é a vista — e, para mim, isso já basta.
Funcionamento: sexta a domingo e feriados, das 10h às 17h.
Após o almoço, seguimos para a casa da Dona Nena. Esperamos cerca de 15 minutos por uma embarcação que estivesse indo em direção à Casa do Chocolate. Observar essa natureza tão incrível e imponente é o auge da Ilha do Combu. Todas as outras atividades se tornam meras coadjuvantes diante de um cenário como esse.
Casa do Chocolate: Filha do Combu
Izete Costa, a famosa Dona Nena, é responsável por comandar uma produção de chocolate e cacau amazônico 100% orgânico. O chocolate ganhou fama após passar pelas mãos de chefs renomados, como Tiago Castanho e Alex Atala. Atualmente, são produzidos cerca de 80 kg por mês! O brigadeiro é sensacional — o melhor que já comi na vida — e custou R$ 5,00.
Na propriedade da Dona Nena estão disponíveis alguns passeios que variam de 2h30 (R$ 80,00) à 8h de duração (R$ 350,00). São quatro roteiros, e abaixo vou descrever dois deles:
- Roteiro 1) Chocolate do Combu.
Duração: 2h30 | Valor: R$ 80,00.
O visitante inicia o passeio com uma caminhada de 500 metros pela Floresta Amazônica, passando por cacaueiros nativos da região. Em seguida, acontece a explicação das etapas de fabricação do famosos chocolate da Filha do Combu: colheita, fermentação, secagem, torra, moagem e refino. Ao final do tour, os participantes desfrutam de uma degustação da linha de chocolates e doces artesanais.
- Roteiro 2) Vivência Cacau e Chocolate.
Duração: 4h | Valor: R$ 180,00.
Esse passeio inclui caminhada e navegação pela floresta de várzea, onde se encontram cacaueiros ancestrais. Nesse roteiro, o visitante literalmente põe a mão na massa para produzir sua própria barrinha rústica de chocolate orgânico, além de participar das etapas de seleção, descasque e moagem das amêndoas de cacau. Ao final da experiência, é servido o Café Ribeirinho, com chocolate quente, brigadeiro da floresta, bolo de cacau e chocolates finos harmonizados com café, chá e doces de frutas regionais.
OBS: todos os roteiros incluem a travessia de Belém para a Ilha do Combu. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (91) 9 9388-8885.
A gente chegou a reservar um roteiro, mas infelizmente ele precisou ser cancelado. Ficará para uma próxima! Pelos relatos que li, acredito que vale muito a pena incluir alguma dessas experiências no passeio.
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